sexta-feira, dezembro 24

o teu presente...


o primeiro beijo que me deste foi na face (do lado direito). a primeira flor que me deste foi uma rosa vermelha. o primeiro abraço que me deste foi apertadinho, longo e guardado com um suspiro.
há um ano estava triste porque queria que aquela noite fosse a última separada de ti, que o próximo natal já estaríamos juntos como uma familia. há um ano chorei e prometes-te que a distância seria para breve resolvida, que não passaríamos mais nenhum Natal separados… nunca mais.
e o natal chegou e vamos celebrá-lo...?


os presentes que te posso dar são:
uma rosa vermelha, que simboliza todo o amor que és na minha vida;
um beijo na face (do lado direito), como símbolo do meu carinho e respeito por ti;
e um abraço apertado, por todo o amor que me dás e que continua a fazer de mim a mulher mais amada e feliz do mundo.

terça-feira, dezembro 21

Feliz Natal...


Um Feliz Natal a todos e um 2011 tão bom como o que sonho para mim.

sexta-feira, dezembro 10


tu que marcas sempre a diferença.
estás sempre a meu lado,
dás-me a força que preciso,
a motivação e a confiança.
é o amor e o orgulho que temos um pelo outro que me invade o peito e me faz acreditar todos os dias mais e mais em nós.

quinta-feira, dezembro 2

um sentir vazio...

a noite chega e com ela os seus tormentos. começo por sentir a solidão das paredes e o vazio do meu coração a apertar-me. o pior da solidão é que mesmo rodeada por uma multidão de gente é só que me sinto. é estranho como se pode estar absorvida numa conversa, a sorrir e sentir-se ao mesmo tempo tão distante e sozinha. por vezes, sinto-me um embrulho, uma garrafa vazia a quem foi retirado o seu melhor. por vezes, sinto que sou apenas uma marioneta guiada por mãos invisíveis, um robô que executa tarefas todas elas programadas. sinto-me literalmente vazia. um vazio que à muito deixou de doer mas que incomoda que corrói a cada dia que passa. sinto o eco do meu coração a apelar à vida e à paixão…. mas o vazio continua. viver assim é como viver num sonho inconsciente.
sou uma máquina descontrolada, que avança devagar e que não quer ser manobrada. este sentir queima-me destrói-me. quero acordar para a vida, para o amor, para o dia-a-dia. mas é difícil. ás vezes penso que vou enlouquecer. estou farta que me digam o que devo sentir, como e quando, que me digam que devo sorrir e que me acusem de não chorar em certas circunstâncias.
olho para mim ao espelho e vejo duas faces uma metade morreu e a outra metade chora a que partiu. mas ambas continuam a sorrir e a manter a aparência.
sinto o meu corpo mutilado, este silêncio dentro de mim, a ausência e o peso dos dias que passam.

sexta-feira, novembro 26

há dias...


há dias em que a chuva lava tudo o que sinto
e o céu limpa tudo o que possas trazer-me,
há dias em que o vento consegue levar-te
e o sol não aquece o frio que deixas cá dentro.
há noites em que a Lua não desenha o teu rosto
e as flores não me invadem com teu cheiro.
há dias em que o coração bate inteiro
e o meu olhar, canta o meu desgosto.
há dias em que vivo sem ti no pensamento
e a vontade de ser tua me lava.
há dias em que quase consigo ser dona de mim
mas são apenas dias… não duram mais que um momento.


foto cedida por António B. Fotografia

sexta-feira, novembro 19

o som do teu silêncio...

Ela sentada em sua cama semi-nua, assustada dentro de um silêncio extremamente cortante, ela recorda momentos. Ainda consegue sentir os beijos e as carícias em seu corpo depois de ter feito amor com tanta intensidade e prazer na despedida do que se poderia chamar de uma realizável etapa da sua vida.
Ainda consegue sentir o cheiro dele que está entranhado no seu corpo, não sente vontade de lavá-lo para que possa ter a sensação de que ainda ele está perto, para que essa sensação tão única permaneça nela para a eternidade assim como o amor que ela sente por ele.
Ela fez amor com ele sabendo que seria a última vez, suas lágrimas representam tudo de mais puro que possa existir neste mundo, chorou pela dor da perda, por se amarem e esse ser seguramente forte e verdadeiro, chorou porque foi a última vez que o sentiu. Ele a sentiu, ela se permitiu senti-lo também como nunca havia feito, és o seu homem, que a segura com força e ao mesmo tempo com toda a delicadeza. Seu corpo corresponde aos seus toques, irá com certeza sentir falta deles.
Seu sentimento é de tristeza e de alegria. Tristeza por saber que acabou e de certo não terá mais volta, tristeza por saber que queres ficar longe dela, tristeza por dizeres que é melhor assim porque não quer magoá-la, tristeza por dizer -lhe que sofrerá e chorará. De alegria por saber que gostas dela assim como ela dele, de alegria por ter lido suas mensagens a dizer que irá sentir a sua falta e que não queria que fosse a última vez, de alegria por também lhe ouvir dizer que gostaria que tudo fosse diferente.
É de verdade uma história que nada nem ninguém conseguirá apagar. Viveram coisas muito boas e algumas menos boas. Agora, parece que o mundo ruiu. A dor é forte e certamente não irá passar, suas lágrimas fluem pelo seu rosto com a mais pura sinceridade de sentimentos.
Recordar lugares por onde passaram, músicas que escutaram e que fazem parte da história que eles viveram, momentos seus, lembranças de quando tudo começou e pressentia ela que um dia acabaria.
O que farei agora? O que a vida vai fazer de mim sem ti? Como lidar com tudo isso que tenho guardado aqui dentro de mim? Não vás embora… Sente-me um pouco mais, ama-me um pouco mais, abraça-me em teus braços, faz de mim tua mulher.

quinta-feira, novembro 18

simples gesto...



este é um gesto simples que para mim torna qualquer momento a dois unicamente perfeito. são duas mãos que se fazem sentir, dedos que se enlaçam e encaixam numa simbiose invejável, esta sensação que só tu me sabes dar é de uma leve mas confortável pressão, é como uma partilha de um doce e terno calor, um sentimento que gritamos silenciosamente.

quarta-feira, novembro 10

10.11.10


E só tu, tens a chave mais importante,
a do meu coração.


Mais um dia 10… acrescento mais um aos que já passaram… mais um mês.
Hoje somo mais um dia a tudo o resto.
Hoje posso dizer-te que estou muito feliz por termos chegado até aqui, espero que possamos ir mais além, é o meu mais sincero desejo.
Amo-te mais que tudo.

sexta-feira, outubro 22

Uma Luzinha...



Estou a um passo da maior mudança da minha vida... e apesar de ter muito que fazer...sinto-me muito feliz... Estou consciente das dificuldades que possam aparecer mas para mim quer a viagem quer o destino são motivos para sorrir.
"Haja coragem e esperança".

domingo, outubro 10

10.10.2010



vou dar-te um beijo, consegues sentir?
pareceu-me ver-te sorrir.
pareceu-me ouvir que dizias "dá-me a tua mão que quero juntá-la à minha" e sem querer abri a minha mão e juro, pareceu-me que senti a tua.
sabes, fazes-me falta... um bom dia para ti amor meu.

terça-feira, outubro 5

rosa príncipe negro...


cai a primeira pétala suavemente para o chão,
sabe que o fim está perto,
nem nestes últimos instantes esquece a sua beleza intocável.
desnuda-se da vida numa dança sensual
pétala por pétala,
cai ao sabor do vento,
entrega-se nua
ao seu derradeiro e último momento.

sexta-feira, setembro 24

amor (des)ordenado


amor porque continuamos nós a levar a cabo uma relação louca como a nossa? feita de ventos que mudam ao mais simples sopro, onde o amor e o ódio não se aguentam nem por nada, onde estes se cruzam num vai e vem desnorteado. os dois conseguimos atormentar a ausência que fica despida e indiferente sentimentalmente, somos como uma peça de teatro aborrecida que não se aguenta cheia de cenas falhadas e personagens repetidas que se repetem cena após cena. camuflamos os sorrisos, as lágrimas, as palavras e principalmente os silêncios. não nos entendemos, nem tu compreendes o que te deixo nos intervalos das palavras que te escrevo. gosto quando me ligas e me dizes “ não me digas nada que não vale a pena”, mas tu sabes porque acontece… é pelo facto de não suportar toda a distância que nos separa. não te desarmes de mim, pois não te quero saber de cor como quem decora a tabuada, transmite-me antes a sabedoria do teu ser. estou cansada deste puxa e empurra, destas brincadeiras de criança a ver quem cai primeiro no jogo do elástico onde já vezes sem conta os meus joelhos esmigalhados fizeram do chão o seu lugar preferido. continuo então este feio diálogo em que transformo o nosso amor, não te magoes amor meu, porque este amor para lá do nosso sentido é daqueles que viverá para sempre.

sexta-feira, agosto 13

falar de ti...

hoje acordei com vontade de falar de ti. sem escolher palavras, sem pensar no que ia escrever de ti. vou falar de alma aberta e de coração a derramar saudades. sabes por vezes sozinha apetecia-me gritar e dizer a toda a gente que existes em mim, descrever-te da melhor forma que pudesse... a única.

descrever como esse teu sorriso mexe comigo, descrever o jeito da tua boca, o movimento que fazes com os teus lábios quando libertas palavras, descrever os traços que marcam a tua cara quando sorris. como queria eu, imitar o som da tua gargalhada, e o fechar dos teus olhos no mínimo segundo em que combinas a respiração e o suspiro profundo da tua boca. descrever o teu cheiro! esse perfume único que se mistura na tua pele. queria, falar disso e muito mais, contar-lhes como és e como pensas, falar do teu mau feitio, mas acima de tudo o bom que também sabes ser. queria falar desse teu jeito de saberes levar-me (com paciência), com essa tua forma de estar honesta. sabes, louvo o teu sentido de justiça, esse teu passar pela vida dos que te rodeiam sem indiferença.

poderei eu gostar tanto de ti, como de mim ou mais ainda? não é que isso seja mau, mas o meu egoísmo leva-me a querer fazer de ti o meu segredo, como que um tesouro que não se partilha, não querendo que te vejam através dos meus olhos, nem que te ouçam através das minhas palavras, que por mais merecidas que sejam, serão sempre as minhas.
acordei assim, com vontade de falar de ti, ainda que pela metade, ainda que não tenha descrito sequer como são os teus abraços, nem o teu olhar... nem tantas outras coisas mais de ti.

terça-feira, agosto 10

10.agosto

hà dias assim... dias em que o mundo renasce, em que a vida ganha novas emoções, em que tudo parece ter um novo sentido. hà dias em que um sorriso pode fazer agitar as estrelas e tudo se detém para que um só ponto faça sentido. talvez isto sejam só palavras em que o significado é vazio de conteúdo… mas hà mesmo dias assim, e este ficou marcado na minha vida.

a ti amor um grande obrigado por ajudares a fazer com que todos os dias sejam especiais.

segunda-feira, julho 12

adiar...

o tempo escorrega como grãos de areia que desaparecem por entre os dedos, tudo parece vulgar. a esperança dá lugar à decepção. os desejos são agora passados sem presente.
mas, na verdade, é da vulgaridade de um instante que nasce a grandeza de um momento. talvez se olhar mais consiga ver realmente que todo o tempo tem o seu significado. nada na vida pode ser adiado

terça-feira, julho 6

doce madrugada...

exploro cada pedaço da tua pele, absorvendo cada gotícula suave do teu mágico cheiro que desperta em mim todos os sentidos. é como um voo infinito, onde exploro a terra num segundo deixando o mundo da fantasia tocar de leve o corpo da realidade. agitas-me, conduzes-me a alma, para um doce e terno acordar.
lá fora a lua incendeia o ar como uma bola de fogo, as sombras do luar agitam-se com a suave brisa da noite, a folhagem das árvores ganha humidade. as minhas asas desabrocham, libertam-se ao vento que passa, travadas na doce madrugada, levando comigo o teu doce cheiro.
abro-te a alma ao sopro do amor, descubro-te, ocupo-te, em cada letra que te escrevo, em cada beijo que deixo sobre o teu corpo, a cada toque que não sentes e em cada sonho que te sinto.

amo-te

sábado, julho 3

foi à 1 ano...

Faz hoje 1 ano que senti um enorme aperto na alma, faz hoje 1 ano que morreu a minha KUKA. A minha cadela, um membro da família, tratada e amada como família. Era suporte incondicional nos piores momentos. Pela companhia, pela fidelidade, pela inocência, pela inteligência, por tudo o que caracterizava... um ser de excepção.




A KUKA partiu e deixou muita saudade. Mas deixa também tudo que foi possível aprender com este "ser" genuíno. Por isso o que fica é a certeza do privilégio que foi viver ao teu lado.
Obrigada.


quinta-feira, junho 24

momentos d'alma...

será o silêncio,
o som sombrio do vento?
ou momentos d’alma
presos no meu pensamento?

algo me entristece.

escapam-me dos olhos lágrimas,
sinto breves lamentos,
enquanto lá fora a noite escurece.

no céu, só estrelas pretas.
nas costas, só o bater das asas
de pequenas borboletas.

quarta-feira, junho 23

palavras ao vento...

Bateu-me um leve e fresco vento pela face, que atingiu as palavras que tanto queria pronunciar-te, que tanto queria dizer-te. Vento ameno que passa, e que me atinge a alma, mas que não atrevo a levá-lo para longe sobre as minhas asas. Vento silencioso que passa atingindo-me o coração e que se desfaz no ar como areia do deserto. Sinto a carícia dos teus dedos invisíveis, afagar-me o cabelo, sinto o teu abraço apertado quando este vento se aproxima, a sua força arrasta-me, num remoinho de sentimentos ao vento amigo que me acompanha. Sinto a tua carícia, a tua presença mesmo na ausência, é aqui que o vento acalma permitindo que a tarde finalize em silêncio, numa ânsia que faz com que o meu peito arda de saudade. Ao nascer da noite quando o vento voltar a soprar-me a face para despertar para mais uma noite que promete ser calma, onde o vento amigo e companheiro eterno me apanhará a alma que voará para sempre no dorso sereno do teu ser.

quarta-feira, junho 16

sentidos cortados...

Ofereço aos braços da noite o meu corpo cansado. É aqui que finalmente solto a alma de borboleta selvagem, na escuridão que me rodeia. Na companhia das estrelas, voo pelos campos adormecidos e orvalhados, sentindo a cada bater de asas, o cintilar das gotículas de água que cedem à minha passagem. Voo, em direcção a lado nenhum, numa ansiedade de libertar a dor que me apaga por dentro. Desejo encontrar, neste voo apertado, a alma perdida num leito qualquer. Compreendo, o vazio da minha própria ausência, porque sinto-o cortar-me os sentidos. A noite, longa, negra e fria não consegue incluir em mim a força que me sai da alma. Finjo perder-me, até encontrar aquele dia que amanheço em mim e me trago de volta a este corpo vazio.

quarta-feira, junho 9

Ficas?

Queria acolher-te para sempre no meu mundo,
Adormecer a teu lado.
Sentir-te procurar-me durante a noite.
Como é bom sentir o teu beijo nas minhas costas, é bom quando me abraças com força enquanto entrelaçados um no outro.
Sei que não te lembras, mas acordo em cada procura, em cada ternura que me dás enquanto sonhas.
É tão bom tu e eu.
Sinto que gostas de mim, muito mais do que ambos pensamos sentir.
Fica comigo, ficas?

terça-feira, maio 18

e...


um dia, uma semana ou meses, será muito tempo?
tempo demais para perder as palavras
tempo de menos para descobrir quem sou.
talvez tente, quem sabe.
e então é melhor dizer adeus, para já.

domingo, maio 9

ma petite lumiére

une petite lumiére est apparue
dans le ciel noir que je ne voulais pas illuminer
un vent doux est venu sussurrando-me ao ouvido

num silêncio que eu não quero agitar.

quinta-feira, abril 22

...na tua mão




encontrei na tua mão
o amor,
no teu olhar
o meu futuro,
és tudo o que quero.
a teu lado descobri que sem ti
nada sou.

o que sinto por ti,
é perfeito...
é amor.

sexta-feira, abril 16

meu silêncio


no meu silêncio escrevo,
ouço e penso...
no silêncio dos outros,
ouço e sinto...
neste silêncio atroador,
ouço, sinto e perco forças...
no silêncio da minha solidão,
todos os silêncios se juntam
ao som do meu silêncio.

quinta-feira, abril 1

...


Perde-se algo.
É ter uma lasca por dentro.
Liberta-se um silêncio,

Engulo gritos
Silencioso

Amargo
Nada,

é tudo o que sou.
Nada vale o que quer que seja diante o tudo que deixo de ser.
O que sou é tudo o que fica... ainda que nada seja.



terça-feira, março 23

(Ch)amo-te...


Chamo-te,
Para que me sintas.

Chamo-te,
Para que me ouças.

Chamo-te,
Dizes tu que não te quero,
Dizes tu que não penso em ti…
Mas, amor não há outra coisa em que pensar.

Chamo-te,
Tanta coisa tenho eu para te dizer.

Chamo-te,
À minha vida,
À minha vontade.

Chamo-te
Porque não sei estar afastada de ti,
É não ter parte de mim,
Por isso amor, (Ch)amo-te.

quarta-feira, março 17

a tua mão

Entranço a minha mão na tua, para procurar o teu calor. Aquele calor que me aquece a mão, mas também a alma. Sabes porque a procuro? É um necessitar de ti, é um querer, uma procura por um pouco de ti, procuro nela aquilo que por vezes gostaria de ouvir em palavras. Quando agarras a minha mão com a tua, trazes-me de ti, e é este gesto que me dá tanto do teu sentir. Gosto quando com a tua mão apertas a minha com força.

quarta-feira, março 10

...10 de um mês qualquer

Era uma noite de Agosto quando ela o viu pela primeira vez, mas bastou um sorriso, um olhar para ela se apaixonar por ele, ficava horas a fio a pensar nele, imaginando-o. Sussurrava, sorria sozinha, e era normal encontrá-la a olhar a lua, com um sorriso na cara, ouvindo e cantarolando a música que ele tinha escolhido para eles.
Quando se declararam um ao outro, abraçaram-se, deram as mãos e beijaram-se como se o mundo fosse terminar naquela noite. Não era formal nem precisava de o ser, porque ela estava ciente de que aquela alegria enorme que nem lhe cabia no peito, só podia vir de um sentimento tão evidente e verdadeiro como o deles, e nem eram precisas palavras. Por hábito encontravam-se aos fins-de-semana, sexta era o dia mais desejado, pois mantinham-se juntos, apreciavam o melhor que tinham para partilhar. Ela amava-o, do mais fundo do seu ser, amava-o com todos os seus defeitos com todas as suas qualidades… E como ele sabia fazê-la feliz. A felicidade dela era contagiante, todos aqueles que se cruzavam com ela sorriam e cobiçavam o sorriso “rasgado” de mulher apaixonada que ela tinha.
Passou 1 ano e 7 meses, ela resolveu fazer-lhe uma surpresa e comprou o relógio que ele desejava ter, numa loja lá da Vila.
Nesse dia foi ter com ele mais cedo do que o normal, e durante a sua alegre viagem, encontrou-se com algumas amigas que lhe disseram de que o amor dos dois era mais que completo e que de certeza ficariam juntos para sempre, ela mostrou novamente o tal sorriso “rasgado” e respondeu: É o nosso AMOR e este não terá FIM.
Depois disto, foi sentar-se no lugar do costume, e foi quando o vento ofegou mais forte do que era normal, ela virou a cara para que areia não entrasse nos olhos.
Mas aquela que não entrou nos olhos, juntou-se no peito e impediu-a de respirar, fazendo o frágil coração bater desordenadamente.
Ela ergueu-se, atirou-lhe o presente e correu... correu até não poder mais. Não conseguia chorar, não porque não tinha vontade, mas porque não acreditava no que tinha visto. Ele tinha-a “traído”, não era possível, não podia ser, jamais ela imaginava que ele a pudesse magoar desta forma. Ela passou a odiá-lo, assim como estava certa que o amava mas que não conseguiria mais estar ao lado dele. Passaram-se meses, semanas e dias e ela continuava a pensar nele e sentia o peito cada vez mais apertado, sentia-se angustiada e com uma forte vontade de chorar de todas as vezes que aquele momento lhe vinha à memória.
Um certo dia, sem ela esperar ele foi falar com ela, pediu-lhe desculpas, aceitou ter errado, confessou o seu remorse e disse que a amava e que não a podia perder. Ela tremia mas manteve-se sempre imóvel e calada enquanto ele falava, no fim apenas teve coragem para lhe dizer: “Vai embora”.
(Ele partiu, mas os dois continuaram a amar-se).
Com o passar do tempo ela achou que o devia perdoar, esquecendo o que se tinha passado.
E foi numa tarde de Março, que ele foi ter com ela, ele do outro lado da rua com o relógio no pulso que ela lhe tinha dado gritou “ Eu amei-te, amo-te e vou amar-te para sempre, AMOR FICAS COMIGO? Ela olhou no fundo dos olhos dele e sorriu.
Foi um momento único, mágico e tão rápido, que por um breve instante deixou de o ver e aconteceu o pior, ele tinha sido atropelado por um carro ao atravessar da rua. Por momentos ela manteve-se imóvel, de seguida correu para ele, pegou-lhe na mão e disse-lhe num suspiro: “SIM AMOR, EU QUERO FICAR CONTIGO” … ele fechou os olhos e esboçou um último sorriso para ela.
Ela continuou a visitá-lo todos os fins-de-semana, falava com ele e sabia que jamais a resposta viria do outro lado, conversava com ele e como ela se arrependeu de não o ter procurado mais cedo, de não o ter perdoado.
Os meses passaram e as visitas passaram a ser menos frequentes, até ao dia em que ela decidiu que tinha que por um ponto final no seu sofrimento.
Foi ao quarto dele, abriu as cortinas, sentou-se ao lado dele, pegou-lhe na mão e sussurrou-lhe ao ouvido “ Amor, desculpa por ter demorado tanto a perdoar-te”, perdoa-me.
Ela queria ficar naquele quarto para sempre, mas sabia que não podia ir ali sempre, vê-lo, conversar com ele sem receber mais resposta.
Ela levantou-se, beijou-o, olhou para ele e chorou, encostou as cortinas, abriu a porta e já a passar a linha da porta, ouviu um murmúrio “ Eu também quero ficar contigo amor”.


domingo, fevereiro 28

"fazes-nos falta"...

Uma das pessoas mais meigas que conheci na minha vida ontem enviou-me a seguinte mensagem "Fazes-nos falta".
Não é maravilhoso, é como música para os meus ouvidos. Quem é que, no seu estado normal de sensibilidade, não gostaria de ouvir estas palavras?
Sentada no sofá a ver um filme, tiro o som da TV e pergunto-me do que sinto eu afinal, falta?
Pois bem a partir daqui muita coisa me veio à cabeça como por exemplo:
Sinto falta das bolachas de manteiga da minha tia (Maria Elisa) que ela fazia e, sim, só ela as fazia tão perfeitamente “bem-feitas”.
Sinto falta das longas horas à conversa passadas com o meu pai.
Sinto falta de correr com a genica toda e sentir a brisa fria da manhã na minha cara só porque me sentia mal e queria libertar o que me martirizava.
Sinto falta de um sorriso, daqueles bem verdadeiros, de um olhar sincero sobre mim e não para mim.
Sinto falta de um tal abraço que me levava para o lugar mais seguro de mundo.
Sim, sobretudo sinto falta de honestidade.
Faz-me, falta alguém a meu lado que não me julgue pelos meus erros casuais.
Sobretudo sinto, falta de ti Dora, a tal amiga verdadeira, aquela que não dizia ser a melhor amiga, mas que agia sempre como tal, ainda que estivesse a quilómetros de distância. Podem perguntar " Mas não tens mais amigos?".
Tenho, sim. Pois aprendi que não preciso de ter muitos amigos para me sentir bem, bastam aqueles que realmente eu mereço e que me merecem também. No entanto desejava, que não estivessem tão longe, porque me faz falta uma vida diária com eles, faz-me falta a partilha de momentos com eles.
Porque sinto que algo em mim me falta quando estou longe de quem é importante na minha vida.
Para ti Zézinha, por ontem me fazeres sentir tremendamente feliz, por provocares em mim um sentimento tão digno como a "SAUDADE" e a necessidade de mim. É sinal de que faço algo de bom aos outros ao ponto de alguém necessitar da minha presença e de querer manter a amizade a todo o custo.
Por isso, te digo de todo o coração: vocês também me “fazem muita falta”.
Obrigado.

quinta-feira, fevereiro 4

Despertar...

No escuro da noite entorpecida, torneiam docemente os traços curvos do teu ser.



Observo, no rasgar deste despertar a ternura de cada movimento teu, sinto no ar o perfume da tua pele que me renova.
Mergulhada num silêncio compreendido, aguardo o toque do teu corpo sobre a minha pele quero despertar desta noite que escasseia a cada segundo, quero acordar com a luz do teu dia, vagar cada centímetro do teu corpo.
Cresce o dia em simultâneo com o prazer que os nossos corpos descarregam, num abraço apertado, as bocas embebidas num beijo longo, desatam pequenos gemidos que não conseguimos esgotar, enquanto as nossas almas se perdem no infinito e único momento, em que te tenho e tu me tens.
O dia rompe, entram os primeiros raios de luz que queimam a nossa pele já humedecida pelos cursos da luxúria.

Espero -te no fim de cada dia, onde a noite te trará de volta para mim, onde as estrelas iluminaram os trechos da lua e esta guiará novamente os nossos sonhos envoltos num abraço que só tu me sabes dar.

terça-feira, janeiro 12

Sabes...

Amar-te como a limpidez clara da água, sentir-te como a delicadeza da seda, é mais, muito mais que tudo aquilo que possa ter sentido antes de ti, e, se até este instante não sabia explicar este sentir, agora sei o que é não amar assim.
Colho o teu abraço, sinto cada parte da tua pele colar-se a mim, o teu aroma penetra-me os sentidos e o meu corpo treme ao receber-te em mim.
Sei do perfume da tua boca, do sabor da tua pele, do toque do teu olhar em mim. Quero sentir para todo o sempre a sensação de ter o teu abraço apertado em mim, das palavras que nos dizemos em silêncio.
Provo do teu corpo, fazes-me vibrar em ti, e gosto do prazer que transborda do teu olhar quando estás em mim.
Sabes a alma conduz-nos e a minha leva-me somente para junto de ti.
Sabes o amor comanda-nos, e o meu bate no teu peito.