domingo, julho 17


quando parte quem nos enche a alma é uma perda difícil
porque também coincide com a ausência de quem tinha
a sabedoria ou poder de nos consolar.

quinta-feira, fevereiro 10

o 10 de nós 2...


mais do que momentos… acrescentamos alegrias
mais do que amor… aliamos sentimentos
mais do que fascínio…descobrimos maravilhas
mais do que silêncio… transmitimos por gestos
mais do que uma luz… sorrimos com o olhar
mais do que vontade… desejamos
mais do que um universo…uma vida
mais do que eu e tu… o nosso amor
mais do que idealizamos…sonhamos
mais do que precisamos… aproximamo -nos cada vez mais e mais um do outro.

quinta-feira, janeiro 13


é como um sentir amargo e rotineiro.
é doloroso pois não surgem respostas apesar da procura.
é como um encontro com a solidão.
desejo encontrar o expoente certo, a união certa que me arranque desta procura desesperadora.
são muitas as vezes em que tento mas acabo por sair derrotada.
não desisto, porque no fundo sei que a solução está a caminho.
a resposta sempre chega mas acaba sempre por lançar abaixo todas as minhas esperanças de triunfo.
olho para o meu interior mas nunca me interesso suficientemente por mim própria.
mas porquê?
se sou tão singular como todos os outros seres
só estou bem onde não estou e com o que não tenho.
contradizer-me?
não vale a pena.
há momentos em que me dou conta que a resposta está presente em todo o meu caminho como perseguidora de palavras.
o tempo que perco desmoraliza-me?
talvez, mas não é em vão, nada acontece por acaso.
acredito nestas palavras e sempre que tenho necessidade delas transformo-me em caçadora de palavras.
é parte da minha razão de ser, da minha desculpa para não me arrepender de páginas anteriores do meu livro.
e mesmo que me arrependa, ninguém o saberá pois o meu livro jamais será publicado.
mas será sempre um livro escrito a tinta de vento pela mão da alma.
o meu sentir a caneta, o meu silêncio será sempre lido pela ignorância e viverei para sempre na resposta que me inspira a escrever.
nunca este livro será publicado, porque jamais este livro terá um fim.