quinta-feira, maio 8




e se a lua sem dizer adeus partisse
para um universo desconhecido.
me deixasse entregue a um céu
despido de estrelas e de vida.
quantas noites de sonhos me sobrariam?
quanto de mim choraria
a ausência da tua despedida?

sexta-feira, abril 6













é assim este querer,
neste mais que tudo
na magia das ondas do mar
limadas de delicadeza,
na mais sublime espuma.
sem vergonha da brisa leve
e dos voos além dos céus,
como minutos depois do fim.
é um querer tão nosso no ar,
no vento e na chuva
que tudo em volta se acarinha
num colorido arco-íris,
como um mundo sem fim
este querer para lá do tempo.


domingo, julho 17


quando parte quem nos enche a alma é uma perda difícil
porque também coincide com a ausência de quem tinha
a sabedoria ou poder de nos consolar.

quinta-feira, fevereiro 10

o 10 de nós 2...


mais do que momentos… acrescentamos alegrias
mais do que amor… aliamos sentimentos
mais do que fascínio…descobrimos maravilhas
mais do que silêncio… transmitimos por gestos
mais do que uma luz… sorrimos com o olhar
mais do que vontade… desejamos
mais do que um universo…uma vida
mais do que eu e tu… o nosso amor
mais do que idealizamos…sonhamos
mais do que precisamos… aproximamo -nos cada vez mais e mais um do outro.

quinta-feira, janeiro 13


é como um sentir amargo e rotineiro.
é doloroso pois não surgem respostas apesar da procura.
é como um encontro com a solidão.
desejo encontrar o expoente certo, a união certa que me arranque desta procura desesperadora.
são muitas as vezes em que tento mas acabo por sair derrotada.
não desisto, porque no fundo sei que a solução está a caminho.
a resposta sempre chega mas acaba sempre por lançar abaixo todas as minhas esperanças de triunfo.
olho para o meu interior mas nunca me interesso suficientemente por mim própria.
mas porquê?
se sou tão singular como todos os outros seres
só estou bem onde não estou e com o que não tenho.
contradizer-me?
não vale a pena.
há momentos em que me dou conta que a resposta está presente em todo o meu caminho como perseguidora de palavras.
o tempo que perco desmoraliza-me?
talvez, mas não é em vão, nada acontece por acaso.
acredito nestas palavras e sempre que tenho necessidade delas transformo-me em caçadora de palavras.
é parte da minha razão de ser, da minha desculpa para não me arrepender de páginas anteriores do meu livro.
e mesmo que me arrependa, ninguém o saberá pois o meu livro jamais será publicado.
mas será sempre um livro escrito a tinta de vento pela mão da alma.
o meu sentir a caneta, o meu silêncio será sempre lido pela ignorância e viverei para sempre na resposta que me inspira a escrever.
nunca este livro será publicado, porque jamais este livro terá um fim.

sexta-feira, dezembro 24

o teu presente...


o primeiro beijo que me deste foi na face (do lado direito). a primeira flor que me deste foi uma rosa vermelha. o primeiro abraço que me deste foi apertadinho, longo e guardado com um suspiro.
há um ano estava triste porque queria que aquela noite fosse a última separada de ti, que o próximo natal já estaríamos juntos como uma familia. há um ano chorei e prometes-te que a distância seria para breve resolvida, que não passaríamos mais nenhum Natal separados… nunca mais.
e o natal chegou e vamos celebrá-lo...?


os presentes que te posso dar são:
uma rosa vermelha, que simboliza todo o amor que és na minha vida;
um beijo na face (do lado direito), como símbolo do meu carinho e respeito por ti;
e um abraço apertado, por todo o amor que me dás e que continua a fazer de mim a mulher mais amada e feliz do mundo.

terça-feira, dezembro 21

Feliz Natal...


Um Feliz Natal a todos e um 2011 tão bom como o que sonho para mim.

sexta-feira, dezembro 10


tu que marcas sempre a diferença.
estás sempre a meu lado,
dás-me a força que preciso,
a motivação e a confiança.
é o amor e o orgulho que temos um pelo outro que me invade o peito e me faz acreditar todos os dias mais e mais em nós.

quinta-feira, dezembro 2

um sentir vazio...

a noite chega e com ela os seus tormentos. começo por sentir a solidão das paredes e o vazio do meu coração a apertar-me. o pior da solidão é que mesmo rodeada por uma multidão de gente é só que me sinto. é estranho como se pode estar absorvida numa conversa, a sorrir e sentir-se ao mesmo tempo tão distante e sozinha. por vezes, sinto-me um embrulho, uma garrafa vazia a quem foi retirado o seu melhor. por vezes, sinto que sou apenas uma marioneta guiada por mãos invisíveis, um robô que executa tarefas todas elas programadas. sinto-me literalmente vazia. um vazio que à muito deixou de doer mas que incomoda que corrói a cada dia que passa. sinto o eco do meu coração a apelar à vida e à paixão…. mas o vazio continua. viver assim é como viver num sonho inconsciente.
sou uma máquina descontrolada, que avança devagar e que não quer ser manobrada. este sentir queima-me destrói-me. quero acordar para a vida, para o amor, para o dia-a-dia. mas é difícil. ás vezes penso que vou enlouquecer. estou farta que me digam o que devo sentir, como e quando, que me digam que devo sorrir e que me acusem de não chorar em certas circunstâncias.
olho para mim ao espelho e vejo duas faces uma metade morreu e a outra metade chora a que partiu. mas ambas continuam a sorrir e a manter a aparência.
sinto o meu corpo mutilado, este silêncio dentro de mim, a ausência e o peso dos dias que passam.

sexta-feira, novembro 26

há dias...


há dias em que a chuva lava tudo o que sinto
e o céu limpa tudo o que possas trazer-me,
há dias em que o vento consegue levar-te
e o sol não aquece o frio que deixas cá dentro.
há noites em que a Lua não desenha o teu rosto
e as flores não me invadem com teu cheiro.
há dias em que o coração bate inteiro
e o meu olhar, canta o meu desgosto.
há dias em que vivo sem ti no pensamento
e a vontade de ser tua me lava.
há dias em que quase consigo ser dona de mim
mas são apenas dias… não duram mais que um momento.


foto cedida por António B. Fotografia

sexta-feira, novembro 19

o som do teu silêncio...

Ela sentada em sua cama semi-nua, assustada dentro de um silêncio extremamente cortante, ela recorda momentos. Ainda consegue sentir os beijos e as carícias em seu corpo depois de ter feito amor com tanta intensidade e prazer na despedida do que se poderia chamar de uma realizável etapa da sua vida.
Ainda consegue sentir o cheiro dele que está entranhado no seu corpo, não sente vontade de lavá-lo para que possa ter a sensação de que ainda ele está perto, para que essa sensação tão única permaneça nela para a eternidade assim como o amor que ela sente por ele.
Ela fez amor com ele sabendo que seria a última vez, suas lágrimas representam tudo de mais puro que possa existir neste mundo, chorou pela dor da perda, por se amarem e esse ser seguramente forte e verdadeiro, chorou porque foi a última vez que o sentiu. Ele a sentiu, ela se permitiu senti-lo também como nunca havia feito, és o seu homem, que a segura com força e ao mesmo tempo com toda a delicadeza. Seu corpo corresponde aos seus toques, irá com certeza sentir falta deles.
Seu sentimento é de tristeza e de alegria. Tristeza por saber que acabou e de certo não terá mais volta, tristeza por saber que queres ficar longe dela, tristeza por dizeres que é melhor assim porque não quer magoá-la, tristeza por dizer -lhe que sofrerá e chorará. De alegria por saber que gostas dela assim como ela dele, de alegria por ter lido suas mensagens a dizer que irá sentir a sua falta e que não queria que fosse a última vez, de alegria por também lhe ouvir dizer que gostaria que tudo fosse diferente.
É de verdade uma história que nada nem ninguém conseguirá apagar. Viveram coisas muito boas e algumas menos boas. Agora, parece que o mundo ruiu. A dor é forte e certamente não irá passar, suas lágrimas fluem pelo seu rosto com a mais pura sinceridade de sentimentos.
Recordar lugares por onde passaram, músicas que escutaram e que fazem parte da história que eles viveram, momentos seus, lembranças de quando tudo começou e pressentia ela que um dia acabaria.
O que farei agora? O que a vida vai fazer de mim sem ti? Como lidar com tudo isso que tenho guardado aqui dentro de mim? Não vás embora… Sente-me um pouco mais, ama-me um pouco mais, abraça-me em teus braços, faz de mim tua mulher.

quinta-feira, novembro 18

simples gesto...



este é um gesto simples que para mim torna qualquer momento a dois unicamente perfeito. são duas mãos que se fazem sentir, dedos que se enlaçam e encaixam numa simbiose invejável, esta sensação que só tu me sabes dar é de uma leve mas confortável pressão, é como uma partilha de um doce e terno calor, um sentimento que gritamos silenciosamente.

quarta-feira, novembro 10

10.11.10


E só tu, tens a chave mais importante,
a do meu coração.


Mais um dia 10… acrescento mais um aos que já passaram… mais um mês.
Hoje somo mais um dia a tudo o resto.
Hoje posso dizer-te que estou muito feliz por termos chegado até aqui, espero que possamos ir mais além, é o meu mais sincero desejo.
Amo-te mais que tudo.

sexta-feira, outubro 22

Uma Luzinha...



Estou a um passo da maior mudança da minha vida... e apesar de ter muito que fazer...sinto-me muito feliz... Estou consciente das dificuldades que possam aparecer mas para mim quer a viagem quer o destino são motivos para sorrir.
"Haja coragem e esperança".

domingo, outubro 10

10.10.2010



vou dar-te um beijo, consegues sentir?
pareceu-me ver-te sorrir.
pareceu-me ouvir que dizias "dá-me a tua mão que quero juntá-la à minha" e sem querer abri a minha mão e juro, pareceu-me que senti a tua.
sabes, fazes-me falta... um bom dia para ti amor meu.

terça-feira, outubro 5

rosa príncipe negro...


cai a primeira pétala suavemente para o chão,
sabe que o fim está perto,
nem nestes últimos instantes esquece a sua beleza intocável.
desnuda-se da vida numa dança sensual
pétala por pétala,
cai ao sabor do vento,
entrega-se nua
ao seu derradeiro e último momento.

sexta-feira, setembro 24

amor (des)ordenado


amor porque continuamos nós a levar a cabo uma relação louca como a nossa? feita de ventos que mudam ao mais simples sopro, onde o amor e o ódio não se aguentam nem por nada, onde estes se cruzam num vai e vem desnorteado. os dois conseguimos atormentar a ausência que fica despida e indiferente sentimentalmente, somos como uma peça de teatro aborrecida que não se aguenta cheia de cenas falhadas e personagens repetidas que se repetem cena após cena. camuflamos os sorrisos, as lágrimas, as palavras e principalmente os silêncios. não nos entendemos, nem tu compreendes o que te deixo nos intervalos das palavras que te escrevo. gosto quando me ligas e me dizes “ não me digas nada que não vale a pena”, mas tu sabes porque acontece… é pelo facto de não suportar toda a distância que nos separa. não te desarmes de mim, pois não te quero saber de cor como quem decora a tabuada, transmite-me antes a sabedoria do teu ser. estou cansada deste puxa e empurra, destas brincadeiras de criança a ver quem cai primeiro no jogo do elástico onde já vezes sem conta os meus joelhos esmigalhados fizeram do chão o seu lugar preferido. continuo então este feio diálogo em que transformo o nosso amor, não te magoes amor meu, porque este amor para lá do nosso sentido é daqueles que viverá para sempre.

sexta-feira, agosto 13

falar de ti...

hoje acordei com vontade de falar de ti. sem escolher palavras, sem pensar no que ia escrever de ti. vou falar de alma aberta e de coração a derramar saudades. sabes por vezes sozinha apetecia-me gritar e dizer a toda a gente que existes em mim, descrever-te da melhor forma que pudesse... a única.

descrever como esse teu sorriso mexe comigo, descrever o jeito da tua boca, o movimento que fazes com os teus lábios quando libertas palavras, descrever os traços que marcam a tua cara quando sorris. como queria eu, imitar o som da tua gargalhada, e o fechar dos teus olhos no mínimo segundo em que combinas a respiração e o suspiro profundo da tua boca. descrever o teu cheiro! esse perfume único que se mistura na tua pele. queria, falar disso e muito mais, contar-lhes como és e como pensas, falar do teu mau feitio, mas acima de tudo o bom que também sabes ser. queria falar desse teu jeito de saberes levar-me (com paciência), com essa tua forma de estar honesta. sabes, louvo o teu sentido de justiça, esse teu passar pela vida dos que te rodeiam sem indiferença.

poderei eu gostar tanto de ti, como de mim ou mais ainda? não é que isso seja mau, mas o meu egoísmo leva-me a querer fazer de ti o meu segredo, como que um tesouro que não se partilha, não querendo que te vejam através dos meus olhos, nem que te ouçam através das minhas palavras, que por mais merecidas que sejam, serão sempre as minhas.
acordei assim, com vontade de falar de ti, ainda que pela metade, ainda que não tenha descrito sequer como são os teus abraços, nem o teu olhar... nem tantas outras coisas mais de ti.

terça-feira, agosto 10

10.agosto

hà dias assim... dias em que o mundo renasce, em que a vida ganha novas emoções, em que tudo parece ter um novo sentido. hà dias em que um sorriso pode fazer agitar as estrelas e tudo se detém para que um só ponto faça sentido. talvez isto sejam só palavras em que o significado é vazio de conteúdo… mas hà mesmo dias assim, e este ficou marcado na minha vida.

a ti amor um grande obrigado por ajudares a fazer com que todos os dias sejam especiais.

segunda-feira, julho 12

adiar...

o tempo escorrega como grãos de areia que desaparecem por entre os dedos, tudo parece vulgar. a esperança dá lugar à decepção. os desejos são agora passados sem presente.
mas, na verdade, é da vulgaridade de um instante que nasce a grandeza de um momento. talvez se olhar mais consiga ver realmente que todo o tempo tem o seu significado. nada na vida pode ser adiado