quarta-feira, junho 23

palavras ao vento...

Bateu-me um leve e fresco vento pela face, que atingiu as palavras que tanto queria pronunciar-te, que tanto queria dizer-te. Vento ameno que passa, e que me atinge a alma, mas que não atrevo a levá-lo para longe sobre as minhas asas. Vento silencioso que passa atingindo-me o coração e que se desfaz no ar como areia do deserto. Sinto a carícia dos teus dedos invisíveis, afagar-me o cabelo, sinto o teu abraço apertado quando este vento se aproxima, a sua força arrasta-me, num remoinho de sentimentos ao vento amigo que me acompanha. Sinto a tua carícia, a tua presença mesmo na ausência, é aqui que o vento acalma permitindo que a tarde finalize em silêncio, numa ânsia que faz com que o meu peito arda de saudade. Ao nascer da noite quando o vento voltar a soprar-me a face para despertar para mais uma noite que promete ser calma, onde o vento amigo e companheiro eterno me apanhará a alma que voará para sempre no dorso sereno do teu ser.

3 comentários:

DarkViolet disse...

Associar o vento às palavras é uma óptima metáfora, as duas batem loucamente sem saber de onde vem, parecem enfrascadas em sentimentos. O trilho da dádiva

A.S. disse...

Voa no dorso do vento... sente as suas caricias e não perguntes nunca qual é o rumo nem o local de chegada!

Beijosss
AL

Fatima disse...

DarkViolet:
As palavras e o vento nestes dias servem apenas para preencher o vazio da saudade. Bjo e obrigado pelas tuas sempre simpáticas palavras.

Fatima

A.S.
Devemos voar o mais alto que conseguirmos, mas sem nunca esquecer os momentos em que precisamos de fechar as asas e pousar, apreciando o céu e os caminhos que ele nos oferece para novos voos. Obrigado pela visita, volta.

Bjo
Fatima