hoje acordei com vontade de falar de ti. sem escolher palavras, sem pensar no que ia escrever de ti. vou falar de alma aberta e de coração a derramar saudades. sabes por vezes sozinha apetecia-me gritar e dizer a toda a gente que existes em mim, descrever-te da melhor forma que pudesse... a única.
descrever como esse teu sorriso mexe comigo, descrever o jeito da tua boca, o movimento que fazes com os teus lábios quando libertas palavras, descrever os traços que marcam a tua cara quando sorris. como queria eu, imitar o som da tua gargalhada, e o fechar dos teus olhos no mínimo segundo em que combinas a respiração e o suspiro profundo da tua boca. descrever o teu cheiro! esse perfume único que se mistura na tua pele. queria, falar disso e muito mais, contar-lhes como és e como pensas, falar do teu mau feitio, mas acima de tudo o bom que também sabes ser. queria falar desse teu jeito de saberes levar-me (com paciência), com essa tua forma de estar honesta. sabes, louvo o teu sentido de justiça, esse teu passar pela vida dos que te rodeiam sem indiferença.
poderei eu gostar tanto de ti, como de mim ou mais ainda? não é que isso seja mau, mas o meu egoísmo leva-me a querer fazer de ti o meu segredo, como que um tesouro que não se partilha, não querendo que te vejam através dos meus olhos, nem que te ouçam através das minhas palavras, que por mais merecidas que sejam, serão sempre as minhas.
acordei assim, com vontade de falar de ti, ainda que pela metade, ainda que não tenha descrito sequer como são os teus abraços, nem o teu olhar... nem tantas outras coisas mais de ti.