terça-feira, junho 16

Destino

Só caminho, lentamente, sobre cada página, sentindo-me com o corpo cansado, a alma esta tenta conduzir-me. Procuro no escuro, a luz de um dia qualquer, desejo que a noite chegue e que traga a Lua que teima em se esconder. Demorado é cada segundo que carrega o tempo atrás de mim, como se de uma corrente pesada que me arrasta e me prende, lacerando-me o corpo, despedaçando-me o espírito como um tormento.
Entre o nevoeiro, descubro-me, vejo a minha sombra na face brilhante da lua, imagino o que está para lá do universo, tento adivinhar o que estará por vir. Inclino-me sobre as palavras, tentando perceber o sinal que fica quando caminho, em cada passo meu neste vazio…
Quero adivinhar por entre as pedras o caminho… Quero contornar os obstáculos as dificuldades que o destino me coloca, de forma a não encalhar, não magoar. Afasto, todas as pedras afiadas, não quero desistir desta caminhada, quero muito continuar, mas terei eu força suficiente para avançar?
Entrego a esperança entre mãos, ao destino, deixando que o futuro chegue sozinho, deixo a alma esperar, na beira do caminho, vem… espero por ti.


2 comentários:

DarkViolet disse...

O nevoeiro tem olhos, a Alma tem destino, a Lua tem magia, o vazio tem espaço para ser preeenchido, o trilho tem o compasso da vontade.. São bons condimentos para a esperança ser a silhueta dum manto maior

Diana Correia disse...

Eu acredito que conseguimos sempre arranjar a força necessária para "adivinhar por entre as pedras o caminho", mesmo sem saber bem onde a vamos buscar...
Gostei muito, Fátima.
Um beijinho.