quinta-feira, setembro 24

A rosa que um dia me deste...

Serei palavra morta, destituída, vazia que se perde entre frases?
Serei texto sem criador, obra despojada de senso?
Sou um nada, feita de muitas coisas, sou um pouco de tudo, de todos.

Letras submersas num oceano de verbos, sozinha na constante procura do que não encontro.

Cruzei-me contigo um dia, num recanto de um sonho, numa parte esquecida do Universo. Sentia-me como uma alma desprovida de corpo, como que um corpo vazio de alma, tu surges como se fosses o meu refugio. E num olhar que se cruzou, na força dos sentidos, instalei-me em teu peito e tu… tu abraçaste-me.
Acolheste-me em ti como uma boca sedenta, recebe a água fresca. Abriguei-me no teu corpo, no teu calor, como um mendigo que ganha um agasalho em pleno inverno. Agora tu és o corpo despido, e eu?
A manta que te cobre a pele, transportando nas mãos a rosa que um dia me deste.

9 comentários:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Belíssimo registo poético de sentires à volta do amor.

Bj

DarkViolet disse...

Tudo tem a sua função dentro de cada Ser, e quando se navega mais sentido tem a vida

Fatima disse...

Marta Vasil:
Obrigado pelo teu carinho...Espero-te...sempre.

Bjo
Fatima

DarkViolet:
Muito obrigado.

Bjo
Fatima

Gothicum disse...

...voltei! Acabou o eremitismo! Espero que estejas bem.

o endereço é diferente...

Beijo.

Já agora ...linda tatuagem

Al Reiffer disse...

Belo e expressivo.

Sérgio O. Marques disse...

Mais um texto apaixonado repleto dos encantos da sensação de amor macio como as pétalas de uma rosa a trazer na mão.
Magnifico

Fatima disse...

Gothicum:

Bjo e um muito obrigado, pelo comentário, espero que também estejas bem.

Fatima

Fatima disse...

A. Reiffer:

Obrigado pelas tuas palavras, e pela visita.

Bjo

Fatima disse...

Sérgio O Marques:

Recordações imensas de um sentir bem... Obrigado pelas tuas palavras.

Bjo
Fatima