segunda-feira, janeiro 12

Lua...



O que ficou da escuridão?

Dois corpos largados

Dois corpos suados

E por cima de nós a imensidão

Acendes o cigarro que ficou esquecido

Vejo em ti arranhões no corpo em vez de pele

Na minha boca sinto o teu sabor a mel

Na tua sombra o meu desejo escondido

A luz da Lua rompe

Desperta em nós o sentimento adormecido

Desfaz a incerteza que em nós existe

Transformamos a noite em paixão

As palavras ditas começam a fazer sentido

Solto um grito e sai o nó

Tudo o que resta do escuro é frio

E o oceano de loucura transforma-se numa gota só...Amo-te




1 comentário:

Gothicum disse...

"Nem o ácido do tempo dissolve a dura saudade em que o amor se tornou."
(Valter da Rosa Borges)

Espero, sinceramente, que não seja o teu caso, mas pela beleza descrita nas tuas palavras temo o contrário. Digo e, continuo a dizer, adoro a formas como retratas o amor, talvez seja pela minha forma de ser, amor platónico, corrosivo, inatingível… o que sei é que adoro. Bj grande.