O que ficou da escuridão?
Dois corpos largados
Dois corpos suados
E por cima de nós a imensidão
Acendes o cigarro que ficou esquecido
Vejo em ti arranhões no corpo em vez de pele
Na minha boca sinto o teu sabor a mel
Na tua sombra o meu desejo escondido
A luz da Lua rompe
Desperta em nós o sentimento adormecido
Desfaz a incerteza que em nós existe
Transformamos a noite em paixão
As palavras ditas começam a fazer sentido
Solto um grito e sai o nó
Tudo o que resta do escuro é frio
E o oceano de loucura transforma-se numa gota só...Amo-te
1 comentário:
"Nem o ácido do tempo dissolve a dura saudade em que o amor se tornou."
(Valter da Rosa Borges)
Espero, sinceramente, que não seja o teu caso, mas pela beleza descrita nas tuas palavras temo o contrário. Digo e, continuo a dizer, adoro a formas como retratas o amor, talvez seja pela minha forma de ser, amor platónico, corrosivo, inatingível… o que sei é que adoro. Bj grande.
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