terça-feira, agosto 25

E porque eu também...Parti

Oculto-me de novo em mais uma noite escura, onde o brilho da lua se apagou no vazio da tua ausência. Onde a luz da Lua se apagará de novo com a aparecimento do dia. A realidade é esta e consome-me os sonhos, apaga-me os sentidos e dilui as tuas palavras em imagens feitas de nada. É na luz deste novo dia que as minhas forças se sucumbem, como um castelo feito de areia que se desfaz à primeira onda da maré. Fiquei só, comigo mesmo, neste mar de palavras, agora desprovido de sentidos, porque já nada para mim faz sentido. De alma vazia, deixo cair por chão os sonhos que planeei noite após noite.
A tua alma, grita-me, implora, quer sair de mim, e eu? Porque não lhe abro a porta?
Quero ter coragem abrir-te a porta e deixar-te partir, com a liberdade que te deixei entrar, mas não é fácil deixar-te ir… As noites sem ti serão longas de mais, escuras e frias, deixas-me o corpo adormecido, e o espírito este ausenta-se para te procurar mesmo sabendo que não encontrarei mais o caminho para chegar até junto de ti, sabes até o mapa que me guiava é agora uma folha de manuscrito, vazia de referências. A luz que me conduzia até a ti está agora apagada e o brilho do teu olhar escondeu-se há muito tempo do meu. A Lua, companheira da minha noite, fechou-me a porta, deixando apenas um pequeno raio de luz no céu escuro da minha noite, hoje demasiado longa.
Hoje perdi-te, sem nunca teres sido meu.

2 comentários:

GE3 disse...

este texto, confere uma profundidade espiritual abrangente, que creio, se envolve com o aspecto sentimental e com as suas quezílias.

vou reler, porque este texto, merece ser lido e relido para que se consiga extrair muito mais do que ua primeira leitura nos oferece.

parabéns pela escrita

abraço
zé tó

DarkViolet disse...

Nunca se perde outro Ser porque ele nunca será nosso. Cada Ser germina com a sua magia e jamais se dá totalmente por isso nunca há uma perda, ou uma perda total, somente há a ausência da partilha