domingo, novembro 2

Touro


Da sensualidade
À santa paz
Da terra e fogo
De si audaz
Fera és tu na arena
Vem sobre o vermelho
E tinge de branco sua sina.
De olhar cordial
Não se priva da angústia
Orgulhoso da sua força
Morre, digno de respeito
Animal majestoso
Anseia desta terra
O próprio luto em vão
Nas suas veias serpenteia
Em seu corpo de varão.
Morre no seu condão
Destruído pela mão
Dos que teimam abater
A sua beleza.
Fica-nos no peito a imagem
Da sua dignidade que afeito.
Com o último ferro espetado
Cai por terra, ajoelhado
Morre enfim na verdade.

4 comentários:

José António da Silva de Sousa Romano Grilo disse...

um poema muito forte. real. que causa dor e nos deixa algo para pensar...
a morte deve ser digna, como a vida tem que ser também.
os animais merecem respeito. as touradas devem ser repensadas, mesmo que sejam tradicionais como o são.

abraço
GE3

Phantom of the Opera disse...

Algo que toca e me leva a pensar o que andamos aqui a fazer...

Sinceramente não sei...!

As tuas cores são como um feitiço que nos abraça.

Beijo nocturno

Anónimo disse...

parece que nao

Hugo Rebelo disse...

sem comentários...

extraordinário.

coresemtonsdecinza.blogspot.com