quinta-feira, janeiro 13


é como um sentir amargo e rotineiro.
é doloroso pois não surgem respostas apesar da procura.
é como um encontro com a solidão.
desejo encontrar o expoente certo, a união certa que me arranque desta procura desesperadora.
são muitas as vezes em que tento mas acabo por sair derrotada.
não desisto, porque no fundo sei que a solução está a caminho.
a resposta sempre chega mas acaba sempre por lançar abaixo todas as minhas esperanças de triunfo.
olho para o meu interior mas nunca me interesso suficientemente por mim própria.
mas porquê?
se sou tão singular como todos os outros seres
só estou bem onde não estou e com o que não tenho.
contradizer-me?
não vale a pena.
há momentos em que me dou conta que a resposta está presente em todo o meu caminho como perseguidora de palavras.
o tempo que perco desmoraliza-me?
talvez, mas não é em vão, nada acontece por acaso.
acredito nestas palavras e sempre que tenho necessidade delas transformo-me em caçadora de palavras.
é parte da minha razão de ser, da minha desculpa para não me arrepender de páginas anteriores do meu livro.
e mesmo que me arrependa, ninguém o saberá pois o meu livro jamais será publicado.
mas será sempre um livro escrito a tinta de vento pela mão da alma.
o meu sentir a caneta, o meu silêncio será sempre lido pela ignorância e viverei para sempre na resposta que me inspira a escrever.
nunca este livro será publicado, porque jamais este livro terá um fim.