segunda-feira, fevereiro 2

Dor que me consome...

Dói...Corta...Queima engolir a acusação de algo que sería incapaz de cometer. Custa vomitar a preversão que em mim depositas-te, que lentamente nos corrói aos dois, devasta, arruina e que compassadamente nos vai matar... Torna-se num fardo muito pesado, carregar tamanha culpa que em mim nunca existiu e que por princípios de consciência eu quero que acredites. Sinto raiva, rancor e uma profunda dose de ressentimento. Estás a privar-me da minha dignidade. Porquê este rebaixamento a algo que nem fiz? Porquê a humilhação de um pedido de perdão, se existe uma total e perfeita ausência de culpa? Talvez isto te faça sentir forte para reagires à tua dor, talvez com isso, consigas enterrar a lâmina que me entregas-te para que nela vertêsse cada gota do meu sangue...
Que a experiência e o passar do tempo, me traga tudo aquilo de que necessito para saber reagir, a tantas palavras e tantas injúrias saídas da tua boca. Amanhã quando me levantar quero estar mais forte quero ter força não quero desistir.
Dói que tenhas tomado por princípios, tudo aquilo que jamais gostaría de não te fazer sentir. Dói quando me acusas-te, de algo que não fiz...mas que faço questão de assumir... Dói quando a raiva acumulada toma conta de ti, e a fúria e o ódio te reveste e alimenta o teu próprio olhar...



1 comentário:

Anónimo disse...

palavras de revolta!
como a força dos mares...
e entre as brumas da ocasião
uma réstia de esperança
nessa voz rouca de sofreguidão.
palavras sentidas
doridas
mortas
é...
que o tempo não pára
e o caminho segue-o por ali...
ou por aqui...
ontem já era
e o amanhã faz-se de olhos no céu

o teu passo desenha a estrela que és!

abraço